Os Estados Unidos da América, através do seu vice-presidente Joe Biden, deram nesta quarta-feira apoio ao Golpe ao afirmar que o Brasil pode continuar a contar com Washington, que aprova o processo de destituição da Presidenta Dilma Rousseff.
Mas qual é a novidade mesmo?
Deixando de lado o histórico de intervenções americanas na América Latina durante os últimos cem anos (se é que é possível), os EUA tiveram uma postura muito pragmática nos últimos meses em relação ao Brasil e, depois da confirmação da destituição de Dilma, o Departamento de Estado concluiu que esta tinha ocorrido “dentro do marco constitucional”.
Biden, que admitiu o impeachment no Brasil como uma das “maiores mudanças políticas” sofridas na região nos últimos tempos, parece estar feliz com a possibilidade de abrir um novo capítulo com um aliado-chave na AL, especialmente depois da morna relação que o Governo Obama teve com Dilma, que foi marcada pela desconfiança gerada pela revelação de que os EUA haviam espionado o telefone da presidente em 2013. Aliás, espionaram o Governo Brasileiro, a Petrobrás e nossas principais empresas, diga-se de passagem.
Por conta desta revelação a Presidenta Dilma Rousseff cancelou uma Visita de Estado que os EUA tinham preparado para o fim daquele ano e só voltou a colocar os pés na Casa Branca quase dois anos depois.
Mas, enfim, o que tem de novo na posição dos EUA?
Os EUA sempre fizeram aberta oposição aos Governos Progressistas ou de Esquerda na América Latina. O ocorrido na Nicarágua, Paraguai e sobretudo na Venezuela já deixavam evidente qual posicionamento o Tio Sam teria por aqui.
Como também não é novidade a hipocrisia norte-americana. Sobre o Brasil, falam em “respeito à Constituição para navegar um momento político e econômico difícil”; já quando se refere à Venezuela, pede a abreviação do mandato de Nicolás Maduro e a realização de referendo antes do fim do ano.
Ou seja, o que vale para um, não vale para outro, e vice-versa.
(Com informações do El Pais Brasil)
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